sábado, 30 de abril de 2011

manta cinzenta

depois da tempestade vem a tristeza
nem sempre vem o sol, nem sempre a alegria
depois da tempestade vem a manhã vazia
vestida de cinza e de velhice
num dia que nos envolve
numa manta triste

depois da tempestade vem o silêncio
o bairro em suspenso, as árvores densas
o teu nome preso, o teu olhar imenso

onde estará o teu olhar que é terno
e imenso?

vou quebrar a manhã por dentro
sairei com um vestido de rosas magenta
para afrontar a melancolia
para pintar o vazio cinzento

para encontrar o teu olhar
que é terno e imenso