depois da tempestade vem a tristeza
nem sempre vem o sol, nem sempre a alegria
depois da tempestade vem a manhã vazia
vestida de cinza e de velhice
num dia que nos envolve
numa manta triste
depois da tempestade vem o silêncio
o bairro em suspenso, as árvores densas
o teu nome preso, o teu olhar imenso
onde estará o teu olhar que é terno
e imenso?
vou quebrar a manhã por dentro
sairei com um vestido de rosas magenta
para afrontar a melancolia
para pintar o vazio cinzento
para encontrar o teu olhar
que é terno e imenso