lutam em mim os dois lados de Psyché
quanto mais te sinto, mais te quero ver
quanto menos te vejo mais te sinto
há uma inflexão na tua voz que me
confia o que és
muito te ressalvo e questiono
conjecturo tanto, como o tesouro
que encontramos perdido na floresta
e não cremos verdadeiro!
mas, atrás da venda há uma penumbra doce
pela qual se escoa a clara luz
da tua voz
e o tom é de doçura
de ternura tanta
que o meu corpo se abandona
e a minha voz te canta
nas albas marés
nas noites de fuga
nas madrugadas de pertença
com tudo o que me és