sábado, 19 de fevereiro de 2011

os dois lados de Psyché



lutam em mim os dois lados de Psyché
quanto mais te sinto, mais te quero ver
quanto menos te vejo mais te sinto

há uma inflexão na tua voz que me
confia o que és

muito te ressalvo e questiono
conjecturo tanto, como o tesouro
que encontramos perdido na floresta
e não cremos verdadeiro!

mas, atrás da venda há uma penumbra doce
pela qual se escoa a clara luz
da tua voz

e o tom é de doçura
de ternura tanta

que o meu corpo se abandona
e a minha voz te canta

nas albas marés
nas noites de fuga
nas madrugadas de pertença
com tudo o que me és