sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

no fogo da manhã

o fogo das manhãs
flutua nas nossas mãos, amor,
nas nossas mãos
de feridas saradas, profusas, difusas
nas nossa mãos antigas

o fogo da manhã circula
no ar e nas flores
nos insectos e nas aves
na ramaria das plantas
nas copas das árvores

o fogo da manhã amacia o ar
corre transparente uma brisa leve
circula entre os prédios um dossel de luz

nas ruas populosas circula a liberdade
circulamos juntos eu e tu

dá-me a tua mão no fogo da manhã
iremos pela cidade no culto íntimo do sol

dançaremos a liberdade de viver
sonharemos a liberdade de ser

no fogo da manhã
é imperativo... viver!