estar contigo, é um lugar de cores rubras. é como estar na tempestade e ouvir sinais de morse, instigadores de mais e mais chuva, mais e mais ondas e relâmpagos. não tenho nada mais para fazer, afinal, a não ser ouvi-los e declamar-te ao ouvido o meu assombro, por ainda nos olharmos assim, com o espanto intacto, desde que um dia, o contacto se produziu, sem que ninguém se desse conta da explosão admirável desse momento. amei-te logo. soube que me ouvias, num lugar de surdos e de implantes d'alma. eras a minha sombra, que jamais alcançaria, mas que ainda hoje me acompanha. estás aí e eu aqui. e nenhum de nós ainda soube explicar o magnetismo que existe nesta chama que nos chama.
