segunda-feira, 9 de março de 2009






a noite enrodilhada no asfalto
roupa que abandona o corpo
poro a poro, destapado
o arfar da penumbra
como um murmúrio de água...

olha como o silêncio
se entrega ao gosto do palato
beijo algemado
pressa de prender
para soltar enfim
o que preso ficou
solto e selado

boa noite, amor...