quarta-feira, 11 de março de 2009

n

nada no areal, nem na distância
nada nas dunas, nem nas memórias
nos cheiros álacres da infância

nada no olhar, nada na pele
nada na voz, nem no ouvido
nada me arma
nem me desarma
sou completiva
de uma frase impessoal
que ninguém ama

a noite acaba
eu estendo a mão,


mas não há nada para lá do vento

só o silêncio, essa muralha
e no cimento, a escuridão...



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