
já o disseram antes tantas vezes, uma e outra e outra novamente e, foram tantas as vezes , que mesmo que o digas de novo já antes as palavras foram escolhidas a dedo por outra gente. como podem tantas pessoas dizer as mesmas coisas tantas vezes no tempo? que padrão é este que nos padronizou um deus irado que nos torna hiatos entre o som das palavras, fantoches do vento, múmias e larvas de um pensamento já exposto e sentido e articulado?
já disseram tudo antes. também já o exeperimentaram antes de o dizer. foi dito com os lábios e sentido com a pele. mesmo que o digas de novo e o repitas envolto em glosa de mel, será ainda e sempre o mesmo risco anguloso na absorção do papel. já dito. e sentido ainda mais se a profundidade do sulco se arriscar mais fundo, mais poroso e lento se abarcar mais superfície e entrar mais dentro. mas já foi dito. e até sentido com a tortura dos dentes e o palmilhar das mãos.
então, se o dissemos e disseram e continuam a dizer, porque não experimentamos agora a intersecção do silêncio e das mãos e não focamos as palavras nas lacunas dos lábios, para as murmurarmos para dentro, onde o santuário mais puro nos devolve o eco intenso dos lugares sagrados, sombrios, antigos, renovados pela presença ida do tempo? porque enfim, mesmo que o digas, e repitas sempre, está dito e escrito que para sempre entre nós será só pronunciado intrinsecamente dentro...
já disseram tudo antes. também já o exeperimentaram antes de o dizer. foi dito com os lábios e sentido com a pele. mesmo que o digas de novo e o repitas envolto em glosa de mel, será ainda e sempre o mesmo risco anguloso na absorção do papel. já dito. e sentido ainda mais se a profundidade do sulco se arriscar mais fundo, mais poroso e lento se abarcar mais superfície e entrar mais dentro. mas já foi dito. e até sentido com a tortura dos dentes e o palmilhar das mãos.
então, se o dissemos e disseram e continuam a dizer, porque não experimentamos agora a intersecção do silêncio e das mãos e não focamos as palavras nas lacunas dos lábios, para as murmurarmos para dentro, onde o santuário mais puro nos devolve o eco intenso dos lugares sagrados, sombrios, antigos, renovados pela presença ida do tempo? porque enfim, mesmo que o digas, e repitas sempre, está dito e escrito que para sempre entre nós será só pronunciado intrinsecamente dentro...