ígneo solfejo
da noite
inquieta fonte nos goteja
como uma bátega verde
vulgaríssima várzea
eu planto a verve da palavra
na virtude do teu beijo
minhas ináguas brancas
de poeira se desprendem
as tépidas ancas
farpas intensas de sílabas frescas
rodamos venais e lentos
e despenhamos tudo dentro
discurso tenso, na malva seda
derradamente fundo
e imenso nos seu céu de pêssego
.
boa noite, coração
.