quarta-feira, 24 de setembro de 2008

isolamento


que linguagem é a minha que se prende e se desprende na incompreensão do mundo?
sou só como o último fruto da árvore mais valente de um pomar extinto. não sei brilhar quando a mediocridade tomou assento. o meu discurso não serve a manutenção da mediania que receia mudanças e afluentes. cumpro e calo, decoro os bastidores onde apagadamente não existo. falta-me patamar para partilhar a minha voz, com quem ainda me queira ouvir. alguém me olhará e me verá porventura, na minha coragem de ir mais longe? hello??? está aí alguém que me oiça, alguém que me mande um sorriso simples, sem mais efeitos que o de me mostrar que existo, e que se calhar nem sequer sou muito diferente... alguém que diga: gosto do que fazes. quero juntar-me a ti.:. fala que eu ouço-te.

para sempre há-de ser assim?

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