a onda que me inunda
calada como a noite
vem sob a minha roupa
alisar-me o ventre
adoçar-me a boca
húmida língua
me provoca
e nos enleios das tuas coxas
o meu corpo se renova
prende o tempo
na demora do meu desejo
que teus olhos ardentes
me cravejem
tuas mãos videntes
me adivinhem os prazeres
e lento em mim te contenhas
para nunca me morreres
completamente
 .
