sábado, 2 de agosto de 2008

teus olhos ardentes

a onda que me inunda
calada como a noite
vem sob a minha roupa
alisar-me o ventre
adoçar-me a boca

húmida língua
me provoca
e nos enleios das tuas coxas
o meu corpo se renova

prende o tempo
na demora do meu desejo
que teus olhos ardentes
me cravejem

tuas mãos videntes
me adivinhem os prazeres
e lento em mim te contenhas
para nunca me morreres
completamente

.