terça-feira, 24 de junho de 2008

Para ti, com amor...


Que não cesse ainda a tua voz,
que não parta já o teu sorriso,
não, não partas de novo agora
que apenas chegaste,
que o castelo está breve
e o seu recorte é lindo,
e a estrela polar já nos recebe,
ao longe, mais uma vez.

Cumpre comigo o encantamento;
das entranhas da noite vulcânica
um dragão alado cruza os céus.
Vai cego e sedento de chegar
para já partir
e com ele parto eu...

Não mates tão cedo
a noite que cresceu
que eu rasgarei hoje o teu corpo
para que me cresças dentro;
rasgarei o teu peito
para que me libertes ao vento;
e rasgo a noite com palavras
para que me caibas mais fundo.
Desenhei para ti o sonho
para te reter comigo. Voa-me
mais um bocadinho...

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