em cadência a cada queda a chuva quebra
acaba a canção da noite, a aurora desce
o mundo eleva e lima a errância da palavra
e como neve o corpo atesta a febre inusitada
para que nos cadenciamos em cândidas loas
ao corpo amado se a ausência nos salpica
de uma salinidade amarga?
contigo trago entre dentes a intrépida existência
de ser outro ser para além do ser que passa
e esse outro corpo que acalentas
e não tem volume ou massa e sempre muda
é uma cor volátil na aguarela da chuva
serpentinas voam num leque colorido
com que tapas e destapas as palavras murmuradas
que sinto no encosto aprazível do ouvido
tudo pode ser possível mesmo não sendo
há uma fronteira tão subtil...
entre o que fervo e o que presumo férvido
na estação rudimentar dos meus sentidos...
e há tanto silêncio neste Domingo molhado
como na fatia de eternidade que nos aguarda
pode ser assim a morte, um silêncio longo e demorado
eu e tu no casulo a tomarmos sempre a forma de crisálida...
acaba a canção da noite, a aurora desce
o mundo eleva e lima a errância da palavra
e como neve o corpo atesta a febre inusitada
para que nos cadenciamos em cândidas loas
ao corpo amado se a ausência nos salpica
de uma salinidade amarga?
contigo trago entre dentes a intrépida existência
de ser outro ser para além do ser que passa
e esse outro corpo que acalentas
e não tem volume ou massa e sempre muda
é uma cor volátil na aguarela da chuva
serpentinas voam num leque colorido
com que tapas e destapas as palavras murmuradas
que sinto no encosto aprazível do ouvido
tudo pode ser possível mesmo não sendo
há uma fronteira tão subtil...
entre o que fervo e o que presumo férvido
na estação rudimentar dos meus sentidos...
e há tanto silêncio neste Domingo molhado
como na fatia de eternidade que nos aguarda
pode ser assim a morte, um silêncio longo e demorado
eu e tu no casulo a tomarmos sempre a forma de crisálida...