domingo, 17 de fevereiro de 2008

chuva na areia


chove o céu a chuva lenta
sobe a nuvem leve ao céu

pinga pinga o olhar ausente
na ranhura do adeus

tanta chuva nos descreve
a chuva que o olhar nos deu

semi-breve a nota obscura
num céu coberto de breu

chuva na areia é passado
de um presente que choveu

vivemos em chuvas oblíquas
a dor de um altíssimo voo

amor sem pregas na pele
sem chuva seiva cinzel

é seca maresia que mente
a verdade de um mistério

é semente sem terra fértil
chuva estéril no asfalto

chove em mim a chuva afável
da chuva do amor adiado...

Bom dia!