Max Kurzweil - Lady in yellow Dress - 1899
tenho um vestido de sol
feito da mais pura seda
o vento o leva a brisa o beija
só foi talhado
para as manhãs perfeitas
manhãs azuis entre veredas
manhãs frágeis
tenho um vestido de sol
feito da mais pura seda
o vento o leva a brisa o beija
só foi talhado
para as manhãs perfeitas
manhãs azuis entre veredas
manhãs frágeis
de ternas cerejas
mas o meu vestido
é o próprio sol
se o visto velejo
à beira do mar
se o dispo receio
que o frio da estação
inda possa voltar
tenho um veleiro ao sol
o sol das manhãs
com o sol no seio
a saia no céu
subo vestida
à montanha do amor
de lá abraço o mundo
num fino raio de sol
e desço despida
a vertente tão só
o meu vestido de oiro
e pólen solar
perco-o no sonho
por tanto me dar
deixo-to
mas o meu vestido
é o próprio sol
se o visto velejo
à beira do mar
se o dispo receio
que o frio da estação
inda possa voltar
tenho um veleiro ao sol
o sol das manhãs
com o sol no seio
a saia no céu
subo vestida
à montanha do amor
de lá abraço o mundo
num fino raio de sol
e desço despida
a vertente tão só
o meu vestido de oiro
e pólen solar
perco-o no sonho
por tanto me dar
deixo-to
nas mãos
e o sol do amor
doura o teu olhar
e o sol do amor
doura o teu olhar
B o m S á b a d o !