sexta-feira, 25 de maio de 2007

em estado de chuva


viria ainda a chuva de Maio
vibrante e muda
viria a inusitada chuva
no espelho da cidade
cai sem quebra a lenta mágoa
o céu fende a calçada
a água desce ao corpo
e o corpo atravessa o mundo
o corpo mudo
em estado de chuva
o silêncio cai no rosto
a palavra abriga-se e é tudo
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