a perna torneada
à vela de um mar arbusto e nédio
o vestido em volutas de fumo ardente
ao lado a balsa o remo rente
a pele submersa de algas
a pele pimenta e cravo ou lisa salsa
como lenta fome a língua passa
um vai-vem da alça em queda
o seio em cima seda
e a tarde marinha e leve locomotiva
no corpo que em frente apita na partida
pois como sempre a tarde mata,
a tarde salva, a tarde mente
a tarde fica
a tarde é uma locomotiva
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