se hoje pudesse
escalava o teu coração
até encontrar o everéstico norte
e a fria neve que se acumula
onde não me deixas ser flama
ou outra qualquer espécie de ternura
escalava o teu coração
até encontrar o everéstico norte
e a fria neve que se acumula
onde não me deixas ser flama
ou outra qualquer espécie de ternura
cavalgava no teu ventre
até à morte
ao lado da tua espada combatia
as pedras do horizonte
as reentrâncias do tempo
escavava o teu peito até encontrar
talvez uma aurora boreal
dessas que me costumas atear
talvez um velho vulcão já reformado
um magma lento uma pira de versos
palavras combustíveis daquelas de amar
cavalgava cegamente o vento
até chegar
puxava-te a mim com muito jeito
delicadamente como se faz a um menino
para te segredar ao ouvido coisas
que sei dizer e já esqueceste
tal como rosas, razões de amar e risos breves
devaneios pela irrisória mente
soprar-te tempestades de branda neve
insuflar-te a nudez das estrelas
claramente o amor que nu se atreve
mas tu estás aí e eu incapaz de te tanger
delicadamente como se faz a um menino
para te segredar ao ouvido coisas
que sei dizer e já esqueceste
tal como rosas, razões de amar e risos breves
devaneios pela irrisória mente
soprar-te tempestades de branda neve
insuflar-te a nudez das estrelas
claramente o amor que nu se atreve
mas tu estás aí e eu incapaz de te tanger
tanta altitude a montanha do teu gelo
e tanto amor nas terras baixas do desejo
e tanto amor nas terras baixas do desejo