quinta-feira, 19 de abril de 2007

quem somos


As tuas palavras na minha boca
são morangos, são fruta
são doce polpa

Aquilo que me dizes são
as rosas que alimentam
os meus dias e despem
as minhas noites

O teu silêncio a minha culpa
tua amargura minha dor
o teu riso a minha fonte

Tu és a fome e o alimento
a doença e a cura
o vazio e a plenitude
o pão e o fermento

Eu sou aquele tormentoso cais
onde à noite ancoram temporais
e amanhecem serpentes

Eu sou aquela que te sente
na volúpia do silêncio
na visão do teu corpo
tão belo de eloquente

Eu sou a voz que te busca
e enlouquece
na manhã em que te
rasga o corpo e não te
sacia a sede...

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