quarta-feira, 25 de novembro de 2009

chuva libertadora


chove
como se um jardim chorasse
ou uma fonte,
chove devagar
como se pérolas caíssem
na orla calma do mar
chove de uma forma
interior
a água cruzando a terra
em busca do seu ser mais fundo
chove na cidade
mas o seu ritmo
parece ter parado
o mundo
é apenas uma noite de chuva
ora dispersa ora difusa
e na névoa que nos cerra
o teu mundo chega ao meu
não é triste nem soturno
é um estado de letargia
que me liberta de tudo!