segunda-feira, 18 de maio de 2009

a um amigo


amigo,
não importa o que dos dias se erga,
imperante
pouco conta se a foz altera seu curso
e as águas nos cercam a montante

dilui-se a rotina, dilui-se o sangue
na espera de um impossível que nos rende
ao momento que passa, única fonte

tudo que esperas só acontece
se fores tão grande quanto a letargia
maior que certas gentes
pirâmide dos teus sublimes instantes

a felicidade absoluta é um lugar gigante
é tão alta a esperança e a rotina tão igual
que eu digo amigo, é na lousa do momento
que se escreve a palavra estar.


Parabéns, amigo secreto,
homem de artes (arqutectónica mente)
que os anos te pousem leves no semblante!