hoje não escrevo
silencio a voz que vaga vagueia
nos horizontes da distância
um comboio ao longe,
o vendaval de Maio que começa
vento vagabundo na minha janela
todas as coisas belas
residem no meu peito
no leito de asas brancas
onde deito o meu suor
branda maré de mosto
é como sinto hoje o amor
vinho que me venera as veias
e vagueia como eu na periferia
da noite - onde vou que me
não alcance a profunda ventania
a cúpida presença do teu rosto,
meu amor?
silencio a voz que vaga vagueia
nos horizontes da distância
um comboio ao longe,
o vendaval de Maio que começa
vento vagabundo na minha janela
todas as coisas belas
residem no meu peito
no leito de asas brancas
onde deito o meu suor
branda maré de mosto
é como sinto hoje o amor
vinho que me venera as veias
e vagueia como eu na periferia
da noite - onde vou que me
não alcance a profunda ventania
a cúpida presença do teu rosto,
meu amor?