areia e bronze
esta noite no deserto um velho violinovibra no sangue a ressonância do amorvedamos o círculo nas ancas de uma dunae a coberto das nuvens despimos o amore então planeamos os gestosestátuas etruscas de firmes contornosfundeamos na areia o bronze dos nossos corpose como dois bichos da terrarasteiros e selvagens eis que nos amamosnuma ampulheta fina de gestostamanhos que tudo nos comprimena nudez aflita de um amplo silênciosentido nas entranhas...