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teias de enleio me ateiem a atenção do meu amor
teias de enlace me enlacem no seu corpo como aragem
na sua salsugem dor eu seja algodão doce e pétala flor
chuva milenar berma bravia breve brisa e areal
que a sua tez me fermente o frémito e o fogo fundo
nos lavre em lânguidos luzentes de freios agudos
e tréguas nos amealhem os flancos em prazer mudo
teias e talhas de tempos antes profusos
nos espalhem encantos na suspensão de tudo
que o nosso tempo se faça uno e se recline
sobre o silêncio que antecedeu a criação do mundo...
que a tarde nos atalhe a distância e o tempo percorrido
para que o amor emerja num supremo sustenido...