quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

dá-me

dá-me, sim, um pouco desse néctar
que não é vinho nem mel, nem polén
e me adoça os lábios e a pele
dá-me sim um pouco dessa esperança
que acendes ao sol de Inverno
e nos abre inteiro o estio distante
dá-me sim a serra a seiva o sedimento
a esteira o encantamento
e eu vibrarei os juncos e os pragais
em meu peito de pombas mansas
pousarão teus lábios celestiais
todo o néctar que me deres
há-de polinizar o nosso mundo
em novas flores carnais...

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beijinho de boa noite!