sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

onde estás?

onde estão...?

o sol e a terra a lua e as estrelas, e eu e tu, meu amor, onde estamos? rompe-me as palavras, vaza-me o sangue, roça-me o corpo, purga-me o silêncio, admite-me em ti, como um nome, não um sonho. estamos presos em nós. tu em ti, eu em mim... não me vês as grades? as inconsequentes frases que te desnudo, o sangue alheado da sílaba e do fôlego... estou presa na minha verdade. preciso de ti. estás preso na tua, precisas de um sorriso.
e eu sou um sorriso, um abraço quente e colorido que te ronda o dia todo sem te chegar. mas eu quero-te mais. quero um sorriso mais rente, que me arrepie a meio do dia, uma apalpadela inesperada contida numa mensagem cifrada, um conforto, um incentivo, uma crítica, uma partilha, um segredo, um beijo, um desabafo, um casualidade tua, um acaso acontecido, um bocadinho de boa disposição, um diálogo de amigos, depois de amantes, ou de poetas, preciso disso, mas perto, muito perto, que importa a distância, seremos só nós dois, no mundo nosso, mas não seremos vagos e incorpóreos, seremos dois a caminhar juntos na distância... quero-te. e estou presa nesta incredulidade. não te encontro, hoje nem a tua sombra vislumbro...