leio a tua pele em papel de arroz impressa
doce e macia de seda preversa
meu amor a tua pele é a certeza
a epiderme da noite e a natureza
que aquece neste Inverno lustral
nesta noite de estranha beleza
nada mexe, nada na noite pestaneja
nem uma só nuvem se distende
nem um só murmúrio de vento
só este libidinoso silêncio
esta busca ardente do teu corpo