segunda-feira, 16 de julho de 2007

a minha eternidade


às vezes penso na eternidade e não percebo como podemos iludir-nos com o que jamais virá. descubro todos os dias a eternidade, são coisas tão simples as que eternizo na memória... não sei como dizer-te que tu me alinhavas todos os dias um pouco de eternidade, quase sem te dares conta. por exemplo, os momentos em que te encontro no prazer da palavra, ou quando abres um bocadinho do teu peito para eu me meter lá dentro. tu não sabes, mas tens nas tuas mãos a minha eternidade sempre que me acarinhas e deixas antever um pouco de amor. para mim as coisas mais eternas são as tuas mãos, quando mas ofereces, pela noite, ou de manhã. eterno o teu corpo que apascentas no meu, eterno fruto o calor que te ruboriza, o lago fundo que me entregas na orla dos olhos. sim, a minha eternidade és tu, pouco a pouco cosntruída em cada momento novo. quero mais de ti, quero ser eterna em todos os momentos da minha vida, por isso adianta-me agora a eternidade que me prometeste para a morte, porque a tua vida em mim é eterna. deixa, meu amor, que te prolongue no meu ombro e no meu corpo a eternidade na terra.