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abraçarei a nova manhã e beberei o seu hálito desértico
por mais que a noite me sorva a seiva e a semente
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dos cactos que me plantaste beberei a sede até ao fim das veias
soçobrarei na miragem dos teus braços, no próximo sol posto
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um vendaval de areias virá submergir nas ondas secas
a poeira que resta do meu corpo e então eu serei livre
e serei longe, eterna amante do vento e da noite