sábado, 30 de junho de 2007

a sombra de amar








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passa ao largo
um vento ácido
uma rosa descrente
que enegrece
os minutos da viagem
quando passo

detém-se num seio
que não é meu
dele só me chega a
nítida aragem

reconheço a vida
e a morte como os deuses
do acaso - resta-nos
apenas o amor,
a única opção que
nos é dada
o derradeiro passo

sabendo-me essência
de algo que foi depositado
nos meus genes,
devolvo-me ao amor
que me liberta
e protege,

mesmo que o amor
seja a sombra de amar
e o amado a prece
.