sexta-feira, 1 de junho de 2007

serenata do corpo


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sinto a serenata do corpo
em lua alta
a lava acorre à rocha
e funde a rocha em água

percorres-me entre a pele
enquanto eu durmo
e depois é como se
tudo respirasse no sonho

harpejos na tua tensa fala
arrepio que escondo
é hora de tirar o lençol
dos ombros
e receber a prumo
a serenata do teu corpo
deserto maduro onde
me afundo