quarta-feira, 6 de junho de 2007

muralha



a rede veio à tona engurgitada de palavras vivas e viventes vorazmente agitadas. renascem os peixes na boca dourada da sua morte. vivemos assim sem respirar só por uns dias e de repente há um sobressalto e uma maré maior repõe as pedras todas na muralha arruinada. nunca se cumpre o desenho original, nem as seteiras se alinham nos mesmos lugares, mas a muralha reconstruída pode ficar mais forte, ou mais frágil, consoante a queiramos repetir como estava, ou totalmente outra mas de raízes mergulhadas mais longe nas areias frágeis...