domingo, 8 de abril de 2007

banho de espuma



entre águas intrépidas
no corpo a lava leve
onde ela lava a pele
em espuma lenta

na espuma tépida
o corpo entra
o sal da água apenas
se adentra e cura

e concentra e perdura
o vapor e a chama nos poros
incertos molhados abertos

sem dúvida o tempo parou
imerso no cálido seio
a água marulha serena
segreda o silêncio

da voz como um sopro
da água calada
perfume da pele rosa
e rasa o lépido gozo

e o tempo imerso
nas gotas que caem sem pressa
e formam distintas palavras

mornamente a água cresce
na lava que lenta e leve
lava

e a superfície quebrada
oscilou o murmúrio cedeu
manhãs de pura prece
cobertas de um véu de espuma
salina e doce

.
Bom dia!