Há dois anos escrevi neste dia, algo assim:

notas soltas

Pronto! Chegou a Primavera, chegaram os dias áureos do amor, a estação permanente dos amantes. Os dias já são mais longos e clareiam mais em diante, as noites mais estreladas, os dias mais brilhantes, mas até nem é a essas subtis mudanças que chamo Primavera. Refiro-me ao brilho que nos assoma no olhar e cheira a flores de Maio em Fevereiro. Refiro-me à consciência de um querer igual ao nosso em cronológica sintonia. Refiro-me ao amor de quem o sente, noite e dia, noite, tarde e dia, madrugada, manhã, entardecer, anoitecer, amanhecer. sempre. refiro-me a ti, meu amor, que me existes agora na planura da palavra, sem atavios, nem disfarces, como se entendesses enfim que nunca de mim corria perigo a tua face.

(Tão cedo que o amor vê a Primavera nos olhos...)