domingo, 20 de julho de 2008


imagem minha

preso por costuras singelas
um fio esgarçado
seda de luar
o corpo flutua
entre as vieiras da serra
e as borboletas do mar

e assim...
pela tardes turvas
pelas rimas pobres
e rosas arrojadas
por todas as razões
que nos convocam
eu te planeio no meu corpo

silvo de prata
frémito de fragas
fornalha de ventos
fagulhas de palha

pelos tempos ternos
e teias de amar
pelas veias vivas
e vagas do olhar
nas palavras presas
em pontes de prados
e pentes dourados
eu te pronuncio
eu planeio

nome do meu desassossego
nimbo da minha paz
nome que primo na pele
e fundo me nutre
me treme e me satisfaz...

.