a seda na sombra e o silêncio
suavemente um silvo de um lugar
que subitamente chega
à estação tranquila
e as tuas mãos na seda
e tão forte o peito
a pressão e a força
a seiva que conduz o
que dentro pulsa
em construção e lava
e nós, num lapso do tempo,
entre sombras e solitárias nuvens
noites desabitadas pela chuva
mas rendilhadas assim de seda
e serena paz
a fuga que abre para um vale de violetas noites
tão leve o respirar das borboletas e as fontes
levitam em águas no pensamento
não sei se estar assim na evasão das sombras
é uma ideia próxima do mundo
ou da intuição de estar a vivê-lo
no interior de um lugar preso nas sombras
longe dos escombros
mas estive e tudo me pareceu
subitamente leve e harmonioso
foi apenas um momento,
um lugar de sedas, sombras e sonhos...
